A capixaba Eliziane Santos Neves, moradora de Cariacica, será investigada pela Superintendência de Polícia Regional Metropolitana (SPRM), após publicar um vídeo xingando e proferindo palavras de ódio aos nordestinos. O vídeo foi postado após os resultados do segundo turno, neste domingo (30), mas só viralizou nesta terça-feira (1º).
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, a instituição teve ciência do ocorrido e encaminhou o caso, com caráter de urgência, para ser apurado pela SPRM. As informações são da A Gazeta.
No vídeo, Eliziane começa dizendo: “Parabéns, bando de passa-fome do Nordeste. Agora não venham aqui para o Sudeste vender suas redes, não, amores. Continuem aí nas cidades de vocês, não venham para cá não, bando de miseráveis, pobres”. Ao fundo do vídeo, é possível ver uma piscina e uma bandeira do Brasil estendida.
Ela ainda profere vários palavrões contra nordestinos e acrescenta: “Vai depender de Bolsa Família para o resto da vida. Vocês gostam sabe de quê? De esmola. Vocês não gostam de carteira de trabalho. Vocês não gostam de trabalhar, não”.
Em seguida, a empresária comentou a respeito de uma viagem que fará para o Nordeste no final do ano, nas suas férias. Segundo ela, “os nordestinos” irão servi-la nos bares e pedir esmolas enquanto ela “curte”.
Com a repercussão negativa do vídeo nas redes sociais, Eliziane Santos Neves fechou sua conta no Instagram e publicou um pedido de desculpas sobre a situação.
“Errei. Não quis ofender. Não sou de botar a culpa em cachaça, passei dos limites”, concluiu.
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) informou, por meio de nota, “que teve ciência do caso e, considerando a necessidade de reprimir condutas que imprimem delitos envolvendo práticas de intolerância, discriminação, preconceito, injúria, racismo e o discurso de ódio, a fim de preservar a ordem pública e a dignidade da condição humana, encaminhou o caso, com caráter de urgência, para ser apurado pela Superintendência de Polícia Regional Metropolitana (SPRM)”.
A reportagem também demandou o Ministério Público do Espírito Santo para saber se foi instaurado algum procedimento de investigação por conta da suspeita de xenofobia. Assim que houver respostas, esse texto será atualizado.
Outro lado
A Gazeta tentou contato com Eliziane Santos Neves pelo Instagram e pelo telefone de sua loja de roupas, mas, até a publicação desta matéria, não houve respostas.
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