[12:26, 30/11/2021] +55 81 8862-6073: A taxa de desocupação recuou para 12,6% no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 1,6 ponto percentual frente ao segundo trimestre. Com isso, o número de pessoas em busca de emprego no país caiu para 13,5 milhões (-9,3%). Já os ocupados chegaram a 93,0 milhões, com crescimento de 4,0%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada hoje (30) pelo IBGE.
“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, diz a coordenadora de Trabalho e…
[12:26, 30/11/2021] +55 81 8862-6073: PERNAMBUCO 🏭 PE tem maior índice de desemprego do Brasil, diz IBGE. Com informalidade alta, rendimento médio mensal é o menor desde 2018
Pernambuco é o estado com a maior taxa de desocupação do Brasil pelo segundo trimestre consecutivo. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE.
No 3º trimestre de 2021, 19,3% da população pernambucana em idade de trabalhar estava desempregada, contra 21,8% no 2º trimestre deste ano. No entanto, esse recuo de 2,5 pontos percentuais não foi suficiente para tirar o estado da liderança no ranking do desemprego. O país, por sua vez, registrou uma taxa de desocupação de 12,6%.
Em números absolutos, 806 mil pernambucanos procuraram emprego entre julho, agosto e setembro e não encontraram, uma redução de 11%, ou cem mil desempregados a menos em relação ao trimestre anterior. O estado ainda se recupera do impacto que a pandemia teve no mercado de trabalho ao longo de 2020 e de 2021. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação havia sido a mesma do terceiro trimestre desse ano: 19,3%.
Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de 3 milhões e 259 mil pessoas no 2º trimestre deste ano para 3 milhões e 374 mil trabalhadores no 3º trimestre, o que equivale a um aumento de 3,6%, ou 116 mil pessoas a mais. Com relação ao mesmo período de 2020, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,6%.
O número de empregados do setor privado cresceu 7,3% no acumulado de julho, agosto e setembro frente ao trimestre anterior, chegando a 1,5 milhão de pessoas, um saldo de 103 mil pessoas a mais. O maior impacto no mercado de trabalho ficou com os trabalhadores sem carteira assinada, que aumentaram 11,3% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, chegando a 546 mil pessoas. A atividade econômica que mais absorveu esses trabalhadores foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, cujo contingente de trabalhadores aumentou 11,6%, passando de 648 mil para 724 mil pessoas.
Mais da metade da população ocupada de Pernambuco está na informalidade
Pernambuco também observou um pequeno avanço na taxa de informalidade, que foi de 52,2% da população ocupada no 3º trimestre de 2021, frente a 51,2% no trimestre anterior. O percentual equivale a 1 milhão e 760 mil pessoas, deixando o estado em oitavo lugar nacional no ranking dos informais. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade mais de dez pontos percentuais mais baixa: 40,6%.
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
Rendimento médio dos pernambucanos é o menor desde 2018
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas em Pernambuco foi de R$ 1.715, o menor desde 2018. No 2º trimestre de 2021, essa renda havia sido de R$ 1.878. Já no 3º trimestre de 2020, o valor era maior ainda: R$ 1.964. “Essa perda de rendimento foi agravada pelo aumento da inflação nos últimos meses. Além disso, é provável que estejamos trocando empregos com carteira assinada e direitos trabalhistas por trabalho precário”, explica Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco.
Número de desalentados cai e pressiona mercado de trabalho pernambucano
A pesquisa também mostra que o número de pessoas desalentadas chegou a 329 mil pessoas no 3º trimestre de 2021, 15,2% a menos do que no período anterior. Essa parcela que havia desistido de procurar emprego voltou a fazê-lo, pressionando ainda mais o mercado de trabalho local. A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
A PNAD Contínua mostra ainda que os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar, alcançou 324 mil pessoas, um aumento de 9,3% perante o 2º trimestre deste ano e de 31,2% na comparação com o 3º trimestre de 2020, quando as medidas de distanciamento social eram mais rígidas.
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