Impressionante é ver o número de pessoas morando de forma degrante em casas de taipas pedindo ajuda ao Tribuna do Moxotó para não ver essas casas caindo em suas cabeças. Me fez lembrar parte de uma poesia de Orlando Tejo a qual fala sobre “Povo de bem que vive mal”, intiulada “Meus País”. Ao final dessa coluna vou colocar aqui para aquele leitor que não conhece a poesia e música interpretada por Zé Ramalho, fique conhecendo. Fala sobre o nosso Brasil.
Como são muitas as pessoas, principalmente da zona rural, que estão passando por todo tipo de necessidade, vamos apenas colocar o vídeo aqui de uma senhora do povoado de Pernambuquinho, que igual “Seu José”, está pedindo ajuda, vivendo nuam situação sub-humana, enquanto que o poder municipal faz questão de gastar e gastar muito com coisa menos importante do que investir na melhorias da vida dessas pessoas.
“O que aparece bem para essa gente que está no poder é fazer praças e asfaltos no centro da cidade enquanto a periferia e zona rural padece. São várias licitações milionárias, enquanto o hospital não conta com seu bloco cirurgico e as pessoas tendo que passar a noite em filas para tentar conseguir uma ficha. Não podemos esquecer que a prefeitura de Sertânia “investiu” agora a pouco na contratação de uma empresa para fornecer caixão de defunto, enquanto essas pessoas estão pedindo socorro para ajeitarem suas casas, num custo baixissimo. Lembrando que a prefeitura de Sertânia vai pagar quase 250 mil reais para esta empresa fornecer essas urnas funerárias e traslados as pessoas carentes, que ao morrer sequer têm condições de comprar seu próprio caixão. Pra mim parece uma ação meramente eleitoreira e até humilhante”, disse um leitor sertaniense.
Meu povo de Sertânia vamos tentar ajudar essa senhora e o “Seu Jose” do Sítio Macambira, ambos pedem ajuda para que suas casas não caiam em suas cabeças. Eu sinceramente não sei como um governante, que se diz socialista, consegue deitar a cabeça num travesseiro e dormir a noite, sabendo que seus governados estão passando por essas dificuldades, ainda mais quando nos deparamos com licitações milionárias em coisas que poderiam ser secundarizadas, dando-se prioridade as dificuldades dessas pessoas, oferecendo-lhes vida digna. Triste isso.
Até quando vamos assistir isso? Até quando os que mandam continuarão a subjulgar os que lhe colocaram no poder? Até quando construíram suas mansões observando a FOME DO SEU O POVO?
E POR FALAR EM PREFEITURA…. CINISMO INTITUCIONAL EM SERTÂNIA: PREFETTURA DE SERTÂNIA E CONSELHEIRA SILENCIAM SOBRE DENÚNCIA DE POSSE ILEGAL
Domingo passado (ver matéria) denunciamos aqui o fato estarrecedor sobre demonstração de força e poder por parte daqueles que fazem parte da Prefeitura de Sertânia.
O fato foi denunciado por uma ex candidata ao conselho tutelar de Sertânia. Segundo a denúncia o TODO PODEROSO SECRETÁRIO DE AÇÃO SOCIAL, deu posse a uma conselheira tutelar que trabalha como comerciária e a lei municipal é clara, não pode, mas ele ignorou tudo isso e mesmo assim empossou a tal conselheira que, inclusive, disse aos quatro ventos que realmente trabalha e que não deixará de trabalhar na empresa, mostrando que tem AS COSTAS LARGAS.
Como parece que a lei aqui em Sertânia só serve para “CHICO”, jamais para FRANCISCO, lembrando aquela frase que “pau que dá em chico também dá em Francisco”, ela continua lá no conselho tutelar como a zombar da tal legalidade. Eita Sertânia.
Bom esclarecer que até o momento não recebemos nenhuma nota explicando a denúncia da ex candidata ao conselho tutelar. Silêncio geral. O que se sabe é que o fato é realmente verdadeiro e que a conselheira realmente trabalha na empresa, sendo, portanto, comerciária, o que fere frontalmente a LEI MUNICIPAL 1.537/2015 MUNICIPAL EM SEU ARTIGO 2.
O fato já foi denunciado a ouvidoria do MPPE e a Ouvidoria Nacional do Ministério Público, inclusive, mostrando a precariedade do Conselho Tutelar de Sertânia, onde até hoje continua a descumprir um Termo de Ajustamento de Conduta feito pelo próprio MPPE e assinado pela própria Prefeitura. Vamos ver no que dar. Tomara que o corporativismo institucional não sobreponha a legalidade.
A ilegalidade de um ato deveria incomodar a todos, mas parece que quase todos fecham os olhos para essas “aberrações” jurídicas e as coisas continuam sem incomodar a quase ninguém.
Faz nos lembrar a seguinte frase de Thomas Jefferson: “Tirania pode ser definida como aquilo que é legal para o governo mas ilegal para o cidadão”.
NOSSAS FRASES PARA REFLEXÃO
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”(Rui Barbosa)
“Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda parte” (Montesquieu)
“A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça por toda parte” (Martin Luther King Jr.)
“LUTA. Teu dever é lutar pelo Direito. Mas no dia em que encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça”(Eduardo Couture)
“ Os que acham que a MORTE é o maior de todos os males é porque não refletiram sobre os males que a INJUSTIÇA pode causar.” (Sócrates – Filósofo grego).
AGORA LEITOR ESCUTE E REFLITA SOBRE ESSA CANÇÃO INTERPRETADA POR ZÉ RAMALHO “MEU PAÍS” DO POETA E COMPOSITOR ORLANDO TEJO E OUTROS
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro me cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram-se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo em comum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é, com certeza, o meu país
Uhm…
Uhm…
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde a escola não ensina
E hospital não dispõe de raios X
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é, com certeza, o meu país
Uhm…
Uhm…
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o Brasil em mil brasis
Prá melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é, com certeza, o meu país.
Uhm…
Uhm…
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas bico calado…
‘Calado?
Mas, tô vendo tudo!
Fonte: Musixmatch
Compositores: Annette Uchoa Chaves / Gilvan De Assis (jun Chaves / Ricardo Frederico Chaves / Livardo Alves Da Costa / Orlando Meira Tejo
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