O Governo de Alagoas suspendeu temporariamente, na quarta-feira, 15 de setembro, a prova objetiva do concurso da Polícia Militar do Estado, que teve o resultado divulgado no último dia 10 de setembro. O certame é alvo de investigação da Polícia Civil de Alagoas por indício de fraude por 150 candidatos, que teriam comprado o gabarito da prova.
A descoberta teve início quando um homem foi preso por desacato, no bairro Santa Lúcia, em Maceió, por se recusar a baixar o som alto de uma festa em comemoração à aprovação dele na primeira fase do concurso. Ao consultar o sistema de inteligência, os policiais descobriram que o homem foi preso sete vezes e não tem o ensino médio completo, requisito básico para o concurso. Com ele, foram apreendidos uma prova com o gabarito e três telefones celulares e ele acabou preso, no último domingo, 12 de setembro.
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Diante da situação, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a suposta fraude, na última segunda-feira (13). A perícia nos celulares deve indicar se houve comunicação com o grupo suspeito de vender o gabarito da prova. O caso está sendo investigado pela Deic (Divisão Especial de Investigações e Capturas) de Alagoas.
Uma ação judicial coletiva movida por um grupo de pessoas que fizeram o concurso e se sentiram lesadas foi protocolada, sob tutela de urgência, para que o prosseguimento do concurso seja suspenso até a anulação do certame. A suspensão temporária foi anunciada pelo Governo de Alagoas.
Em nota, o Cebraspe informou que está contribuindo com as investigações policiais e que adota procedimentos de segurança não só apenas durante a aplicação das provas.
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