Enumerar, catalogar, sistematizar, listar, enfim são várias as definições da palavra “inventariar”, que aqui é o instrumento de identificação das diversas manifestações culturais e bens de interesse de preservação. Dentre esses bens destacamos o “forró”, ritmo, canto, dança e música tradicional do Nordeste brasileiro, um bem imaterial, intangível, quer dizer, que não pode ser tocado. Mas, podemos citar um sanfoneiro, um dançarino, um apologista ou uma festa de forró, elementos que compõe e fazem o forró ser reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, dessa forma, o inventário do forró torna-se importante para subsidiar as políticas de preservação do mesmo.
Assim, um grupo de pesquisadores vem fazendo o inventário do forro no interior de Pernambuco, para conhecer as demandas e as condições de sustentabilidade do forró tradicional em nosso estado. Algumas cidades foram escolhidas para pesquisa aprofundada, e Sertânia é uma dessas cidades que estão no roteiro da pesquisa.
Há algumas semanas uma equipe está trabalhando no inventário do forró em Sertânia, formada pelos pesquisadores Professor João Henrique Lúcio de Souza (UFRPE), Ítalo Fernandez da Silva (UFPE) e Gabriel Arimateia de Souza (UFPE).
Em Sertânia a equipe já visitou, conversou e registrou vários ícones do forró local como Thiago Patrota, Antônio Amaral, César Amaral, os sanfoneiros Gaspar, Sivuca, Pedro Santana, Eduardo, Lula e a jovem Jeisiane, os percursionistas Coquinho, Jacieldes Brasiliano, Ednaldo e Zenilton. A pesquisa continuará no mês de maio, registrando e propondo políticas públicas para salvaguardar nosso forró.
O presente projeto está realizando o inventário do forró no interior de Pernambuco, precisamente nos municípios de Caruaru, Bezerros, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Arcoverde, Serra Talhada, Sertânia, Petrolina, Bodocó, Exu, Tacaratu e Floresta. O projeto está sendo realizado pela Associação Respeita Januário e tem como dirigentes os músicos-pesquisadores Climério de Oliveira Santos (Coordenador Geral), Carlos Sandroni (Coord. Regional do Sertão) e Amilcar Bezerra (Coord. Regional do Agreste). O projeto é vinculado ao órgão Fundarpe e é financiado pelo Governo de Pernambuco (através do Funcultura) com parceria do IPHAN – Governo Federal.
Se você é forrozeiro ou conhece alguém que faz parte da cadeia produtiva do forró entre em contato com nossa equipe através do whatsapp (87) 99637-5884.