Um vídeo que circula pelas redes sociais tem causado forte repercussão em Cupira, Agreste de Pernambuco. As imagens mostram o tenente RR Elias Antônio Alves, atual secretário da Secretaria de Segurança Cidadã, Trânsito e Defesa Civil do município, abordando um Guarda Civil Municipal concursado em plena via pública, interrompendo o trânsito e gerando constrangimento diante de populares.
📹 Afastamento público e polêmico
No vídeo, que o Tribuna do Moxotó teve acesso, é possível observar o bate boca entre o secretário e o servidor da guarda municipal no centro da cidade.
E nesse mesmo vídeo o secretário Elias Antônio determina o afastamento integral do servidor de suas funções, e pelo que parece essa decisão contraria parcialmente uma liminar expedida pelo juiz da comarca de Cupira. Momento em que o servidor diz que está sofrendo perseguição por parte daquele secretário.
A decisão judicial previa restrições à atuação do agente, mas não autorizava seu afastamento completo. A ação, realizada em local público e com ampla exposição, levanta suspeitas de abuso de autoridade, constrangimento ilegal e perseguição funcional (O vídeo circula em diversas redes sociais).
👮 Servidor concursado e protegido por decisão judicial
Segundo informações, o Guarda Civil Municipal envolvido é servidor efetivo, aprovado em concurso público, e vinha exercendo suas funções normalmente até o episódio. A abordagem feita pelo secretário, que também é tenente da reserva da Polícia Militar, foi considerada por especialistas como excessiva e potencialmente ilegal, especialmente por desrespeitar uma ordem judicial vigente e por usar a rua para “discutir” com o servidor,quando poderia chama-lo no local de trabalho e falar sobre o assunto, a exposição pública, pelo que parece, demonstra arrogância e prepotência do referido secretário.
⚖ Reações e possíveis desdobramentos
Juristas e entidades de defesa dos servidores públicos apontam que o caso pode configurar abuso de autoridade, previsto na Lei nº 13.869/2019, além de descumprimento de decisão judicial. O Ministério Público deve ser acionado para apurar os fatos.
A Prefeitura de Cupira ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. O servidor deve buscar medidas legais para garantir seus direitos e responsabilizar os envolvidos.
Este episódio reacende o debate sobre os limites da autoridade administrativa e a proteção dos servidores públicos contra ações arbitrárias, especialmente em contextos de perseguição política ou pessoal.
Lembramos que o Tribuna do Moxotó está aberto as explicações não só do secretário, mas também da própria prefeitura de Cupira se quiserem se manifestar sobre o fato.
