Suspeito da morte do MC de brega funk Serginho Porradão e da técnica de enfermagem Manuela Tenório, o cabo da Polícia Militar Rodrigo José Fortunato da Silva se apresentou à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (15). Segundo informações apuradas pela TV Globo, o suspeito prestou depoimento por duas horas e foi liberado.
O crime aconteceu no domingo (13), durante uma festa do Dia dos Pais, no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife. Testemunhas disseram que o MC foi baleado ao tentar apartar uma briga entre o PM e a mulher.
A TV Globo apurou que o cabo se apresentou na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade, deixando o local por volta das 16h50.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
Lotado no 6º Batalhão, responsável pelo policiamento da região de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, o PM estava afastado da corporação por licença médica. A polícia não divulgou o motivo da licença médica do policial, mas testemunhas também disseram que ele foi afastado pelo Gabinete de Psicologia da corporação.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu entrar em contato com a defesa do cabo Rodrigo José Fortunato da Silva.
De acordo com testemunhas, o PM teve uma crise de ciúmes e começou a discutir com Manuela Tenório (veja vídeo acima). A irmã da vítima, Mariana Tenório, contou que o PM andava sempre armado e “tinha ciúmes de tudo”.
MC Serginho Porradão tentou apartar a briga e foi atingido na cabeça por um dos tiros. A Polícia Militar foi acionada, mas, quando o efetivo chegou ao local, Manuela estava morta.
O cantor foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, em Paulista, no Grande Recife. Depois, foi transferido para o Hospital da Restauração, na área central da capital pernambucana, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda (14).
A Polícia Civil informou que abriu um inquérito sobre o caso e que “as investigações seguem até elucidação do crime”.