O ônibus escolar que caiu numa ribanceira e deixou 16 pessoas feridas em Chã Grande, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na quarta-feira (23), não tinha selo de inspeção de 2022 nem de 2023 e apenas alguns dos cintos de segurança funcionavam. É o que mostram o relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE).
O relatório faz parte da Operação Transporte do TCE, foi divulgado em maio e fiscalizou 3.132 veículos de transporte escolar de prefeituras de Pernambuco.
Em Chã Grande, um dos veículos analisados foi o que se envolveu no acidente na ribanceira. Uma equipe do TCE esteve na manhã desta quinta no município para identificar o veículo.
O acidente aconteceu no fim do trajeto do itinerário, zona rural da cidade. Das 16 pessoas feridas, 14 eram crianças, os outros dois eram o motorista e o monitor. As vítimas não tiveram ferimentos graves.
De acordo com o tribunal, o veículo foi fabricado em 2014 e tem nove anos de uso. O ônibus não apresentou o selo de inspeção de 2022, nem o de 2023. Além disso, apesar de o veículo ter cintos de segurança, apenas alguns funcionavam.
O TCE informou que os dados da vistoria são repassados ao Detran. O g1 procurou o órgão para saber se, diante das irregularidades, o veículo tinha permissão para circular, mas ainda não obteve resposta.
Ao g1, o secretário de Educação de Chã Grande, Joel Gomes da Silva, contou que o motorista do ônibus afirmou que escutou um barulho e perdeu o controle do veículo antes da queda. A causa do acidente é investigada pela Polícia Civil.
Vítimas recebem alta
Das 16 vítimas do acidente, 15 deram entrada no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. De acordo com a unidade de saúde, 10 crianças e um adulto receberam alta na manhã desta quinta.
Outras quatro crianças, com idades entre 3 e 12 anos, permanecem internadas, em bom estado, na ala pediátrica.
A Prefeitura de Chã Grande disse que está prestando todo apoio às vítimas e familiares dos envolvidos no acidente.