Um incêndio na sede de uma instituição que abriga crianças e adolescentes em situação de risco social deixou mortos e feridos na madrugada desta sexta (14), no Ipsep, na Zona Sul do Recife. Vídeos mostram os bombeiros em ação para controlar o fogo (veja vídeo acima).
Segundo o Corpo de Bombeiros, um garoto e uma mulher, que não tiveram nomes e idades informados, morreram no local. Outras duas crianças morreram a caminho do hospital.
Sete pessoas foram levadas pelos bombeiros para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. e outrs unidades. Outras oito foram socorridas pelo serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Há, também, crianças em outras unidades de saúde. Apenas para o HR, foram enviadas cinco ambulâncias.
No HR, local que mais recebeu crianças, alguns pais chegaram para procurar os filhos. Mas, segundo informações da equipe do hospital, a maioria dos pacientes ainda não foi identificada e alguns estão indo para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
O incêndio
Imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram os bombeiros atuando para controlar as chamas no Lar Paulo de Tarso, na Rua Jerônimo Heráclito.
Os bombeiros informaram que foram acionados por volta das 4h20. Onze equipes foram ao local para controlar as chamas. As chamas também chegaram a atingir uma casa vizinha, mas ninguém ficou ferido.
Por volta das 6h, a corporação informou que o fogo estava totalmente controlado. Até a última atualização desta reportagem, não tinha sido informado o que causou o incêndio.
À TV Globo, o supervisor de Operações dos Bombeiros Lamartine Melo, afirmou que, ao menos, 15 crianças e 2 cuidadores foram retirados do local.
“O fogo atingiu, principalmente, a sala e o terraço, os quartos não foram atingidos pelo fogo, mas sim pela fumaça extremamente tóxica”, disse o supervisor.
Luto
Moradora do bairro há mais de 30 anos, Suellen mora na frente ao centro e contou à TV Globo o desespero dos moradores no momento do incêndio.
“Ouvi muita gritaria, eram umas 2h. O vizinho da frente arrombou e arrancou a grade. Terrível, sem palavras, foi muito feio”, disse Suelen.
Segundo o site oficial, a organização não-governamental (ONG) recebe crianças e adolescentes encaminhadas pelos conselhos tutelares e Juizado da Infância e Juventude.
Eles ficam lá até conseguir retornar para a família de origem. Quando essa possibilidade é esgotada, são encaminhadas para famílias substitutas, por meio de guarda, tutela ou adoção. Na instituição, há programas de educação e acolhimento dos jovens.
Com informações do G1