“MINHA FILHA ESTÁ ESPERANDO UM TRANSPORTE PARA SER TRANSFERIDA PARA O RECIFE E SER CIRURGIADA E NÃO CONSIGO, ELA FOI TRANSFERIDA DE SERTÂNIA PARA O HOSPITAL DE ARCOVERDE E POR QUE SERTÂNIA NÃO PODE MANDAR UMA AMBULÂNCIA??, INDAGA UM PAI DESESPERADO”
Mais uma denúncia sobre a precariedade na saúde de Sertânia é exposta por um pai de uma criança de 3 anos de idade,que desde o dia 8 de setembro, tem procurado o hospital Maria Alice Lafayette e, segundo ele, só tem recebido paliativos para sua filhinha.
Ele conta que na madrugada do último dia 8 para o dia 9, levou sua de 3 anos, com fortes dores abdominais e ali uma médico deu apenas um remédio a mandou a criança para casa.
No entanto, a criança continuou a gritar de dores e na segunda ele novamente voltou com a sua filha ao hospital e novamente passaram um paliativo e na madrugada da última quinta-feira, dia 14, vendo que a criança não tinha melhora, votaram ao hospital e dessa vez foram atendidos por uma médica, que queria novamente passar o mesmo medicamento passado anteriormente, o que foi regestado pelos pais da criança.
“Insisti com ela para que não passasse mais aquele remédio, pois não servia e que era preciso fazer exames na minha filha. Depois de muita insistência, ela pediu uma ultrassonografia particular porque no hospital não faz e teve que arrumar dinheiro, mesmo sem puder, já que ganho muito pouco e não tenho emprego certo, para fazer, só que minha filha piorou e transferiram ela para Arcoverde e chegando naquela cidade, o médico pediatra disse que minha filha já era para ter sido transferida e essa demora piorou o quadro dela” disse Bruno pai da criança.
Ele, de forma entristecido e vendo como tratam a saúde daqueles que mais precisam em Sertânia, contou que em Arcoverde constataram que a menina estava mesmo era com um derrame pleural.
Os derrames pleurais são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural. Eles têm múltiplas causas e normalmente, são classificados como transudatos ou exsudatos. São detectados por exame físico ou radiografia de tórax; a toracocentese e a análise do líquido pleural costumam ser necessárias para determinar a causa
“O medico em Arcoverde disse a minha esposa que se minha filha tivesse tido um atendimento digno e rápido eles teriam diagnosticado o estado certo de saúde ela e sendo assim minha filha não estava sofrendo tanto e talvez não fosse preciso fazer nenhuma cirurgia. Isso mesmo ela vai ter que sair de Arcoverde para Recife e fazer essa cirurgia. Mas Arcoverde está pedindo uma ambulância para levar minha filha e o pessoal do hospital de Sertânia disse que não tem e que Arcoverde é quem tem que levar. Mas eu sou de Sertânia, saí de Sertânia. Ajudem minha filha”, disse o pai com lagrimas nos olhos.
O leitor lembra que denunciamos meses atrás (VER MATÉRIA) que uma pessoa, talvez amiga do poderosos sertanienses, internada no Memorial em Arcoverde, hospital particular, precisou ser transferida para Caruaru e a prefeitura de Sertânia imediatamente mandou uma ambulância e por que agora não tem como levar essa menina pra o Recife usando uma ambulância de Sertânia?
“O duro foi ouvir, ao procurar o hospital de Sertânia, ao pedir que mandassem uma ambulância, a pessoa do hospital dizer que Sertânia não tem nada a ver com isso e que Arcoverde é quem tem obrigação de levar minha filha de 3 anos e quando, mesmo eu dizendo “sou de Sertânia”, e a pessoa ironizar na minha cara: e daí e se tivesse em São Paulo? Como a desdenhar de minha dor e da doença de minha filha. Onde estamos vivendo Sertânia? As pessoas não tem mais empatia e nem sensibilidade, não se colocam no lugar do outro”, disse Bruno desesperado com a situação que ora se encontra sua filha esperando apenas um transporte para chegar em Recife e ser cuidada de foram digna.
Pois está aí Sertânia, esta é a situação que você vai ver através do depoimento de um pai desesperado, esperando um ambulância e que até agora não chegou.
Esta é a Sertânia real e que só quem defende são aqueles que estão sendo realmente beneficiados e que, certamente, fazem parte de um grupo privilegiado, os demais estão se sentido, de fato, marginalizados.
Até quando??