EM PERNAMBUCO POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA II FASE DA OPERAÇÃO DESNATURA, VISANDO DESARTICULAR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA POR DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO NOS PROGRAMAS DO LEITE

PF APONTA FRAUDE DE ELO MENOS 192 MILHÕES NA SDA

Nesta quarta-feira, dia 2, a Polícia Federal e a Controladoria Gera da Uniçao deflagraram a segunda operação Desnatura, com objetivo de desarticular o núcleo de uma organização criminosa investigada por desvio de recursos públicos destinados aos programas Leite de Todos e PAA-Leite, sob a responsabilidade dos governos estadual e federal, respectivamente.

O alvo da ação foi um ex-servidor da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) de Pernambuco, suspieto de integrar uma associação para fraudar os programas sociais, voltados à segurança alimentar da popuação de baixa renda. Segundo a PF, são investigados os crimes de estelionato, peculato,organização criminosa, obstrução da justiça, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime contra a saúde pública. Somadas, as penas máximas ultrapassam 30 anos de reclusão.

A operação busca cumprir nove mandados de busca e apreensão, sendo três no Recife, um em Jaboatão, um em Paulista, um em São Benedito do Su e um em Maraial. Haverá ainda apreensão em outros estados, como no Rio da Janeiro e Sã Paulo.

Responsável pela operação, o delegado Márcio Tenório destacou que as investigações iniciais apontam que os empresários estão ligados a um grande laticínio, localizado no interior do Estado e a uma empresa na cidade do Recife. Eles são acusados de desviar verbas do governo federal que deveriam ser destinadas à aquisição de leite cru, fornecido por produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

“O Esquema funcionava sob duas vertentes: uuma era a falsificação do produto e, a outra a criação de cooperativa de fachada, pois o programa exige que o leite seja comprado de pequenos produtores, então eles criaram uma falsa cooperativa e o leite passava a ser fornecido pro grandes produtores. Eles granhavam duas vezes: na compra do produto e na fraude”, relatou o investigador.

“Temos convicção que a fraude funciona desde 2020, mas encontramos indícios dos anos de 2013 e 2014. Há quase 10 anos esse esquema vem sendo realizado”, concluiu o delegad da PF>

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