Graças ao monitoramento e fiscalização de combate ao furto de água em adutoras na região do Sertão do Araripe, a Compesa identificou ontem (12), em trecho da Adutora do Oeste, zona rural de Ipubi, um ponto de abastecimento de água clandestino de carros-pipa. Ao flagrarem a irregularidade, orientados pela Coordenação de Segurança Patrimonial da empresa, os técnicos acionaram a Polícia Militar, que conduziu o suspeito à delegacia, onde prestou esclarecimentos e foi autuado em flagrante.
No momento da abordagem, havia dois carros-pipa sendo abastecidos com água desviada da Compesa para a venda à revelia da empresa. A água roubada deveria estar sendo distribuída à população de Ipubi, cidade já castigada pela escassez de recursos hídricos. A estimativa dos técnicos da Compesa é que os dois veículos, cada um com capacidade para transportar 8 mil litros e realizando uma média de 10 viagens por dia, estavam desviando 4,8 milhões de litros de água por mês, volume suficiente para abastecer mil pessoas no mesmo período.
A Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa, recém-criada para cuidar do patrimônio e articular operações policiais para o combater furtos, está participando do planejamento de novas operações, juntamente com a Secretaria de Defesa Social e as polícias Civil e Militar. O objetivo é combater o aumento do índice de furtos, seja de água em adutoras ou de equipamentos em unidades operacionais. Com informações repassadas pela empresa, a polícia vem utilizando os serviços de inteligência da corporação para definir a estratégia das próximas operações.
Desde o ano passado, estão sendo desenvolvidas operações policiais para retirada de ligações clandestinas em diversas adutoras em todas as regiões do estado. As ações já resultaram na melhoria da distribuição de água para a população. A Companhia lembra que os furtos de água causam grandes transtornos para os moradores, que ficam desabastecidos ou sofrem com a baixa pressão nas redes (água fraca), além do prejuízo financeiro da Compesa, que poderia estar investindo os recursos subtraídos por essas ações criminosas na melhoria da prestação dos seus serviços.