A TRISTE DECADÊNCIA DA EXPOCOSE. DE FEIRA DE REFERÊNCIA REGIONAL A PUXADINHO DO SÃO JOÃO DE SERTÂNIA

Criada em 1974 com o objetivo de fomentar negócios no segmento da caprinovinocultura no Nordeste, a EXPOCOSE foi, aos poucos, deixando de ser um espaço privilegiado dos produtores rurais para se tornar uma extensão das festas juninas de Sertânia.

O evento, que começou com até 10.000 animais postos à venda, 50 anos depois colocou para negócio apenas 603 animais, segundo dados oficiais da ADAGRO.

A decadência, que veio lentamente, se acentuou nos últimos anos. Em 2008, os registros apontaram cerca de 2.000 animais negociados. Em 2017, foram aproximadamente 1.500.

Em 2024, os animais de origem sertaniense foram apenas 190, sendo 138 caprinos e 52 ovinos produzidos por apenas 15 expositores do município.

O que outrora foi uma vocação econômica de alto potencial de Sertânia e grande vantagem competitiva para o município, foi deixada de lado por uma sucessão de gestores mais preocupados em oferecer uma diversão passageira para a população do que em criar condições para o desenvolvimento de uma cultura capaz de gerar emprego e renda durante o ano inteiro.

Segundo a empresária Pollyanna Abreu, pré-candidata do PSDB à prefeitura de Sertânia: “O município precisa investir no setor, criar um centro de técnico de processamento da caprinovinocultura que atenda a região. Nós já temos um projeto articulado com parceiros no governo do Estado e no governo Federal para que Sertânia recupere o seu lugar de destaque no segmento”. O fato é que os produtores estão há anos desassistidos e lamentando a decadência da EXPOCOSE.

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