Paiva Netto
Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Fundador da Legião da Boa Vontade, assegurava, “na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião”.
E com a permissão dele acrescentaria: etnia, cor, nacionalidade, cultura etc.
Um bom diálogo é básico para o exercício da Democracia, que é o regime da responsabilidade.
Durante palestras da série “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, apresentei argumento apropriado igualmente aos que, porventura, pensem que a construção responsável da Paz seja uma impossibilidade: (…) Isso é utopia? Ué?! Tudo o que hoje é visto como progresso foi considerado delirante num passado nem tão remoto assim.
Muito mais se investisse em educação, instrução, cultura e alimentação, iluminadas pela Espiritualidade Superior, melhor saúde teriam as populações; portanto, maior qualificação espiritual, moral, mental e física, para a vida e o trabalho, e menores seriam os gastos com segurança. “Ah! é esforço para muitos anos?!” Por isso, não percamos tempo! Senão, as conquistas civilizatórias no mundo, que ameaçam ruir, poderão dar passagem ao contágio da desilusão que atingirá toda a Terra. Não podemos permitir tal conjuntura.
Acima de tudo, há que vigorar a Fraternidade Real, de que falava Zarur no seu poema de mesmo nome, a respeito da Legião da Boa Vontade, Obra fundada por ele. Essa Fraternidade é capaz de congregar os adversos e fazer surgir de seus paradoxos saídas para os problemas que estão sufocando a humanidade, pois, sempre gosto de repetir, realmente há muito que aprender uns com os outros.
O Coração Azul que pulsa o congraçamento dos povos
Vale relembrar os dizeres que compõem o Coração Azul da LBV, com seus 34 elos de Solidariedade Universal, representando o número do versículo bíblico em que consta a Ordem Suprema do Cristo (Boa Nova, segundo João, 13:34) — “Amai-vos como Eu vos amei”. É o abençoado cântico de uma multidão de Anjos no Céu, em uníssono anunciando a Primeira Vinda Visível do Supremo Governante do planeta Terra: “Glória a Deus nas Alturas, e Paz na Terra aos homens [e às mulheres, aos jovens, às crianças e aos Espíritos, Almas Benditas] da Boa Vontade de Deus” (Evangelho, segundo Lucas, 2:14).
Que a Paz de Deus esteja agora e sempre no coração de todos!
Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho!
Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas!
Viva Jesus em nossos corações para sempre!
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
DIA MUNDIAL DA ÁGUA
Paiva Netto
Em 22 de março de 1992, as Nações Unidas divulgaram a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Despertar o interesse e maior consciência ecológica das populações e de seus governantes, sobretudo quanto à importância da água para a sobrevivência humana, foi o intuito do texto. No ano seguinte, na mesma data, a Assembleia-Geral da ONU declarou o 22 de março Dia Mundial da Água.
De lá para cá, surge crescente preocupação por parte dos povos no tocante à escassez dos recursos hídricos. Alguns analistas preveem, num futuro nem tão distante, conflitos armados tendo como pano de fundo a disputa por esse líquido valiosíssimo.
Guerra pela água
O artigo assinado pelo professor de Economia norte-americano Jeffrey D. Sachs e publicado no Valor Econômico, em abril de 2009, é mais uma confirmação de que lamentavelmente o predito já se concretiza há mais tempo do que alguns julgavam:
“Muitos conflitos são provocados ou inflamados por escassez de água. Conflitos – do Chade a Darfur, no Sudão, do deserto Ogaden, na Etiópia, à Somália e seus piratas, bem como no Iêmen, Iraque, Paquistão e Afeganistão — acontecem em um grande arco de terras áridas onde a escassez de água está provocando colapso de colheitas, morte de rebanhos, extrema pobreza e desespero”.
E relata o articulista: “A Unesco, uma agência das Nações Unidas, publicou recentemente o Relatório de Desenvolvimento da Água de 2009; o Banco Mundial divulgou aprofundado estudo sobre a Índia (Economia hídrica indiana: preparando-se para um futuro turbulento) e sobre o Paquistão (Economia hídrica paquistanesa: o agravamento da seca); e a Asia Society divulgou uma visão geral das crises hídricas asiáticas (O próximo desafio asiático: assegurar o futuro hídrico na região)”.
Vejam a quanto chegamos. É urgente deter isso. Sachs afirma que “esses relatórios contam uma história similar. O suprimento de água é cada vez mais insuficiente em grandes partes do mundo, especialmente em suas regiões áridas. O rápido agravamento da escassez de água reflete o crescimento populacional, o esgotamento da água subterrânea, desperdício e poluição, e os enormes e cada vez mais desastrosos efeitos das mudanças climáticas resultantes da atividade humana. As consequências são dolorosas: seca e fome, perda de condições de subsistência, disseminação de enfermidades transmitidas pela água, migração forçada e até mesmo conflitos armados”.
O que fazer diante desse cenário apocalíptico? O próprio professor conclui: “Soluções práticas incluem muitos componentes, entre eles melhor gestão de recursos hídricos, tecnologias mais aperfeiçoadas para aumentar a eficiência no uso da água e novos investimentos assumidos em conjunto por governos, pelo setor empresarial e por organismos cívicos”.
Sentimentos desgovernados
Mas, com o passar dos dias, tal problema só virá a crescer, se providências realmente eficazes, muitas vezes postergadas, não forem estabelecidas. Os seres humanos, mesmo em lugares onde o líquido preciosíssimo é escasso, vêm profanando esse elemento natural, sem o que não poderemos subsistir. Quando a pessoa tem os sentimentos desgovernados, tudo à sua volta sofre contaminação.
Acesso à água potável
Não estamos aqui para apavorar ninguém. Visamos ressaltar subsídios que reclamam postura imediata das populações da Terra, de respeito à nossa morada coletiva. Aí estão os alertamentos. Que não faltem, pois, de parte dos governos e da sociedade, as imprescindíveis e corretivas medidas, enquanto há tempo. Se é difícil, comecemos ontem!
Como sempre, a Palavra de Jesus permanece atual. Ao Lhe perguntarem de que modo se comportariam as criaturas na proximidade de tempos de grande aflição, anunciados desde o Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, respondeu que, tal qual as épocas de Noé e Ló, a distração seria maior do que os cuidados que a gravidade dos fatos exigiria (Evangelho, segundo Lucas, 17:26-30). Não é forçoso acreditar “nessas coisas de natureza religiosa” para perceber que um quadro pintado com cores fortes se configura.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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