Por Gilberto Cosme Farias
- AVALIAR PARA QUÊ?
Sabe-se que a avaliação se constitui de uma investigação critica de uma dada situação que permite de forma contextualizada, compreender e interpretar os confrontos teóricos e práticos, as diferentes representações dos envolvidos e as implicações na reconstrução do objeto em questão.
Esse processo desencadeia uma intervenção intencional de estudos, reflexões e releituras, gerando nas ações um movimento de problematização e ressignificação na direção de transformações qualitativas na relevância teórica e social (Cappelleti, 2002)
A avaliação é um valioso instrumento para o professor detectar dificuldades, carências e o ritmo do aluno, replanejar, adaptar a metodologia, insistir em um ou outro ponto, saber se seu trabalho está produzindo resultados e tomar decisões para a readequar sua prática.
Não se trata de dar notas, classificar, aprovar ou reprovar o aluno. Todo ser inteligente avalia o que faz, reflete sobre seu caminhos, preocupa-se em acertar, melhorar, corrigir rumos, refazer atividades e assegurar-se de que não está trabalhando em vão (Zaraik, 2016).
- COMO AVALIAR?
A avaliação como diagnóstico possibilita traçar objetivos claros e um modo de alcança-los, tratar de cada aluno como ele é, de acordo com suas possibilidades, diferenças, sem analisa-los por meio de parâmetros abstratos e questionáveis.
A avaliação do desempenho escolar precisa sofrer mudanças para se ajustar às características de um “ENSINO PARA TODOS”. Não se pode aceitar um sistema que avalia comparativamente os seus alunos, que se apoia em tarefas pré-definidas e aplicadas em momentos pontuais com o objetivo de contabilizar o que o aluno aprendeu de determinado conteúdo.
A avaliação deve ser “GLOBAL”: diagnosticar o que o aluno sabia antes, o que sabe agora, mas dificuldades, dúvidas e sucessos. O aluno deve ter liberdade para falar, perguntar, propor, avaliar o trabalho do professor e autovaliar-se. Professor e alunos, juntos, experimentam, levantam hipóteses, dialogam de maneira aberta e clara, sem medo de errar, sem dar ênfase a aspectos negativos, mas ressaltando o progresso, os acertos, a alegria de aprender a prender, que leva à autonomia intelectual.
Assim, O PROFESSOR E ALUNO SE AUTOVALIAM.
Veja no próximo domingo (1º de maio)os tipos de avaliações, instrumentos, elaboração e linguagens.
- LITERATURA: UM DIÁLOGO MEDIÚNICO?
A literatura mediúnica é até hoje considerado como marginal. Os críticos têm medo de se aprofundarem no tema, falar sobre isso e, quando o fazem é de maneira irônica. Servem-se da ironia para se salvarem dos preconceitos vigentes, preservarem o prestigio profissional e manterem a sua posição no aquário. Assim poderão servir a Deus e a diabo ao mesmo tempo.
Com raras exceções, por sinal muito corajosas, nosso críticos e literatos torcem o nariz diante da poesia mediúnica. Movimentos poéticos como: PARNASO DO ALÉM-TÚMULO, ANTOLOGIA DOS IMORTAIS, POETAS REDIVIVOS, SONETOS DE VIDA E LUZ são atirados no lixo e o argumento justificativo é sempre o mesmo: trata-se de uma PASTICHE ou FÁBULAS inconscientes da escrito-automática.
Algumas comparações
Trovas e Santa Inês
Cordeirinha santa
De Jesus querida
Vossa santa vida
O diabo espanta
Por isso vos canta
Com prazer o povo
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo
(Anchieta vivo)
O evangelho o espiritismo
Este livro é luz
É o pão com fermento!
É forte sustento
Vindo de Jesus
Alivia a cruz
Do sofrido povo
E do mundo velho
Gera um mundo novo!
(Anchieta – espírito)Frost
- Mediunidade na literatura universal
Camões, Casimiro de Abreu, José de Anchieta, Antero de Quental, Augusto dos Anjos, Bocage, Castro Alves, Cego Aderaldo, Cruz e Souza, Allan Poe, Florbela Espanca, Humberto de Campos, Manuel Bandeira, Mário de Andrade. Olavo Bilac, Roberto Frost.
SONETO MEDIÚNICO DE OLAVO BILAC
A maior caridade
No silencio da noite, após longas leituras
Perguntara Kardec ao espírito verdade:
Entre as virtudes, qual a maior que a bondade?
Qual a que mais liberta os ser das desventuras?
E o espírito sublime ouvi! A caridade
É indispensável! Ela ergue as criaturas
Ao paraíso celeste, as regiões mais puras!
Discípulo, ela é a luz própria divindade!
Mas o mar caridade – e é a mais necessária !
Não consiste no abraço amável que consola
Nem mesmo em aliviar o sofrimento fundo…
A caridade mor consiste em dar ao pária
A verdade mais alta em arejada escola
Só a verdade salva! Esclarecei o mundo!
SUPLEMENTO LITERÁRIO.
Poema produzido por prof. Gilberto para responder a uma acusação falava tão mal o português e não se sabia por que eu era professor dessa disciplina.
Busquei fundamentos linguístico-gramaticais para a minha defesa: SAUSSURE, CROMISKY, BARTHES, KRISTEVA, BAKHTIN, as escolas russas, americana, francesa e norte-americana que privilegiam os estudos a-gramaticais sem utilidade e valoriza a interação por meio das comunicações, das variantes a forma mais padrão, o que vale mais é a COMUNICAÇÃO! Sabia disso?
42 anos de ensino: ‘CONSTRUINDO UM CAMINHO DE VITÓRIA’
Inglês, português , linguística e prática
Teoria, literatura luso brasileira
Me especializei no Rio de Janeiro
Dizer que eu não sei falar português
É desconhecer aquele faz e fez!
Não entendo a RÁBULA que diz
Que eu falo mal o português
Se tu sabes mais
Eu pago para ver
Até da internet eu provo que sei
Seu internetês
Vossa Mercê
Vosmicê
Você
Ocê
Cê
Isso é português que no internetês
Virou VC
Pois até compreendo e passo a dizer
Eu sei sim usar o português
Na internetês conselho lhe dou
Pois “puta que pariu”
Virou PQP.
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