Pré-candidata pode estar perto de anunciar nomes da chapa, possivelmente tendo André de Paula com vaga ao Senado e Sebastião Oliveira com a vice
Em entrevista à Rádio Clube, ontem, dia 9, Marília Arraes (SD) anunciou que contará com o apoio do PROS à sua pré-candidatura ao Governo de
Pernambuco. A chegada da sigla ao palanque da deputada federal acontece após articulação da direção do Solidariedade e representa o primeiro
apoio partidário à pré-candidata, que até então contava apenas com o próprio partido.
A oficialização da aliança será feito hoje, em Brasília. Além disso, a deputada sinalizou que “nos próximos dias também vamos ter muitas outras novidades”. Uma dessas novidades deve ser a entrada de André de Paula (PSD)na sua chapa. Dirigente do PSD no estado e membro da Frente Popular, André buscava obter a indicação do governador Paulo Câmara (PSB) para concorrer ao Senado. No entanto, a pressão do PT pela vaga, reforçada pela falta de acordo entre Lula (PT) e Gilberto Kassab (presidente do PSD), acabaram impedindo a consolidação do apoio ao pessedista.
Frustrado com a falta de espaço na majoritária, André tende a migrar para o palanque de Marília. Outro apoio que pode ser anunciado pela pré-candidata é do Avante. O deputado federal Sebastião Oliveira é cotado para ficar com a vaga de vice na chapa. Por fim, outro deputado federal, Eduardo da Fonte, que já declarou estar com André de Paula para o Senado, pode apoiar Marília e focar na sua reeleição.
CRÍTICAS AO PSB
Ainda na entrevista de ontem, Marília disse que o PSB estava acostumado a entrar no pleito com a certeza de vitória, por causa das articulações feitas nos bastidores, que impediam o desenvolvimento de candidaturas competitivas, como a dela ao governo do estado em 2018, que não foi lançada após o PT negociar a neutralidade do PSB na eleição nacional, isolando Ciro Gomes (PDT).
“Ao que parece, eles, nos últimos anos, estavam acostumados a ganhar a eleição antes da eleição começar. Eles puxavam o tapete de um, desfaziam o partido de outro, faziam articulação nacional para tirar um candidato aqui, outro ali. Dessa vez eles não conseguiram fazer. Tiveram
diversos elementos surpresa e isso também deu ânimo para algumas pessoas que já estavam insatisfeitas há alguns anos saírem, se desvencilharem desse projeto que ficou velho, que se afastou do povo, que se afastou dos seus objetivos”, comentou.
MORADIA
Questionada sobre o incêndio que ocorreu, na última sexta–feira, numa comunidade de palafitas no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, a deputada criticou a ausência de políticas públicas relacionadas à moradia popular na capital pernambucana. “É um problema de séculos? É. Mas nós vimos que durante um período considerável, principalmente na época da prefeitura de João Paulo – e, com todas as críticas que se tem, também de João da Costa –, durante esses 12 anos de governo, houve uma política habitacional que funcionava, que se entregava à população outras oportunidades de moradia, e simplesmente desde 2012 que se parou de executar políticas públicas nesse sentido, conjunto habitacionais estão com as obras paradas. Quantos conjuntos habitacionais foram entregues nos últimos dez anos no Recife? Um, dois; nada que se compare ao déficit habitacional crescente na cidade.
Com informações do Diário de Pernambuco
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