O OPERÁRIO ESTÁ COM COVID-19 E ESTÁ NA UTI. NÃO HÁ PREVISÃO SOBRE AS CIRURGIAS SOFRIDAS ENQUANTO TRABALHAVA NA FERREIRA GUEDES
Para Marx, trabalho deveria ser humanizador, mas, no capitalismo, é o contrário. Como mercadoria é alienante, explorador, humilhante e monótono. Pois bem sertanienses, essa máxima de Karl Marx é vista e sentida por todo trabalhador, mas neste momento muito mais por um operário sertaniense. É de entristecer o que vem penando o trabalhador da empresa Ferreira Guedes, Josivaldo Moreira de Lima, de 34 anos, após no dia 14 de dezembro do ano passado, ter sofrido um acidente quando estava de serviço para a referida empresa no trecho em Sertânia.
A esposa de Josivaldo, depois de denunciar a vários meios de comunicação, entrou em contato com o Tribuna do Moxotó e através de áudio, registrou o calvário que vem passando com seu esposo, ao ver que a empresa Ferreira Guedes praticamente o abandonou a própria, hoje com COVID-19 e sem nenhuma expectativa de fazer sua cirurgia, uma crueldade sem fim e que deveria sensibilizar tantos outros operários que estão a trabalhar nessa empresa que parece só se importar com seus lucros.
Uma imoralidade. É de cortar coração o que ouvimos da esposa do operário, e que certamente, num país mais sério, a Ferreira Guedes já teria sofrido todas as consequências que poderia sofrer por ter, segundo a esposa e o que se percebe claramente, deixado um dos seus operários a mercê da sorte.
E por falar em seriedade e até em justiça, soubemos que o Ministério do Trabalho está nos calcanhares dessa empresa e que está investigando todo esse caso. O que perguntamos é: por que esse rapaz não está em um hospital particular pago por essa mesma empresa? Por que penar tanto assim?
O fato é que a narração da esposa de Josivaldo fere, não só nossos ouvidos, mas nossos brios, o brio de um trabalhador que ganha seu mísero salário para levar para casa e tentar oferecer conforto aos seus filhos, o que agora não está sendo possível a este operário que se encontra em uma maca de hospital desprezado por sua empresa, empresa que ele ofereceu seu suor e sua dedicação de trabalhador, mas que não teve a capacidade de aliviar seus ferimentos, o ferimento não só do corpo, mas sobretudo, da alma, e para completar com a COVID-19, todavia, jamais será abandonado por sua família que lhe quer bem e espera que o mesmo volte com a saúde restaurada.
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